Há 20 anos, Ayrton Senna dava ‘olé’ em Hill
Enviado: 28/03/13, 15:17
Há 20 anos, Ayrton Senna dava ‘olé’ em Hill e vencia GP do Brasil de F1 pela segunda e última vez
O dia 28 de março de 1993 entrou para a história do automobilismo brasileiro. Há exatos 20 anos, Ayrton Senna vencia pela segunda e última vez o GP do Brasil de F1. Foi também a primeira vez de Rubens Barrichello correndo em seu país pela categoria
Senna foi o ‘melhor do resto’. Mas a diferença de desempenho para a Williams, equipe tão desejada pelo brasileiro, era absurda. Para se ter uma ideia do abismo que separava o carro de Prost para o de Ayrton, o francês foi pouco mais de 1s7 mais rápido na sessão classificatória. Senna garantiu o terceiro lugar do grid, à frente de Michael Schumacher, da Benetton, e do seu companheiro de equipe na McLaren, Michael Andretti.
Aquele GP do Brasil foi o primeiro de Rubens Barrichello correndo em casa. O então jovem paulistano defendia a Jordan e foi o único piloto da equipe a conseguir vaga no grid, saindo em 14º. Seu companheiro na equipe irlandesa, o italiano Ivan Capelli, não conseguiu se colocar na corrida. Christian Fittipaldi, que fazia seu segundo ano na F1 com a Minardi, era o 20º.
Só mesmo algo vindo dos céus para derrubar o favoritismo de Prost e da Williams em Interlagos. Mas o começo da corrida em São Paulo foi dominado por Alain, que abriu grande vantagem na frente. Na largada do GP do Brasil, Senna conseguiu ultrapassar Hill e assumiu a segunda posição. Mais atrás, Gerhard Berger [que estava de volta à Ferrari] e Andretti se tocaram e bateram na entrada do S do Senna, com o norte-americano capotando. Nenhum dos dois ficou gravemente ferido.
Enquanto Prost disparava na ponta, Senna era pressionado por Hill, o que era natural, já que a McLaren rendia bem menos que a poderosa Williams. A ultrapassagem veio na volta 11, e Ayrton passava a ficar na alça de mira de Schumacher e a promissora Benetton, que andava muito bem. Nesse tempo, mas no pelotão intermediário, Barrichello ficava pelo caminho por conta de problemas no câmbio da sua Jordan.
Senna teve de parar antes nos boxes para cumprir uma punição — drive-through por ultrapassar em trecho sinalizado por bandeira amarela —, e aí Schumacher assumiu o terceiro lugar. Mas a sorte estava ao lado do brasileiro. Pouco depois de deixar os boxes, começou a chover em Interlagos, ainda que em pontos isolados. Entretanto, a chuva tornou-se mais intensa e virou um grande temporal, atrapalhando muito a vida dos pilotos.
Aguri Suzuki e Ukyo Katayama rodaram e bateram na reta dos boxes, já encharcada, na volta 27. Uma volta depois, Prost e Christian, que ainda não haviam parado para trocar pneus, se chocaram na entrada do S do Senna e deixaram a prova. O público em Interlagos vibrou com o fim da corrida do francês, maior rival da carreira de Senna. A bandeira amarela foi acionada e o safety-car, à época, um Fiat Tempra, foram à pista em Interlagos.
A corrida teve bandeira amarela até a volta 36. Quando a prova foi retomada, Hill era o líder, seguido por Senna, Schumacher, Jean Alesi, JJ. Lehto — que corria com a estreante Sauber — e Alessandro Zanardi, então piloto da Lotus. Só que, desde então, Hill não conseguiu tirar o melhor rendimento da Williams, e Ayrton, impulsionado pela torcida brasileira, andava cada vez mais rápido com a pista ainda bem molhada em alguns trechos.
Até que, na volta 41, Senna realizou uma ultrapassagem que acabou entrando para a história de Interlagos e da F1. O brasileiro saiu da Descida do Lago colado na Williams de Hill, que tinha acabado de fazer seu pit-stop. O britânico bem que tentou impedir a manobra de Ayrton, mas o piloto da McLaren deu um ‘olé’ no adversário e conseguiu assumir a liderança para não mais ser superado.
Daí em diante, Senna rumou com certa tranquilidade para sua segunda vitória no GP do Brasil, a última diante do seu país-natal. O público invadiu a pista para comemorar com Ayrton mais um triunfo. A reta oposta ficou tomada pelos fãs, que queriam ver de perto o ídolo. Senna deixou sua McLaren e foi para os braços do povo, voltando para o pódio no safety-car e ouvir o Hino Nacional em casa pela última vez. Por fim, Ayrton recebeu do mítico Juan Manuel Fangio o troféu de vencedor da corrida. Foi a consagração do brasileiro.
Somente mais de 13 anos depois daquele histórico 28 de março de 1993 é que o Brasil teria outro piloto vencedor em casa: Felipe Massa, em 2006.
F1, GP do Brasil de 1993, Interlagos, final:
1 Ayrton SENNA - BRA - McLaren Ford - 1:51:15.485 - 71 voltas
2 Damon HILL - ING - Williams Renault - +16.625
3 Michael SCHUMACHER - ALE - Benetton Ford - +45.436
4 Johnny HERBERT - ING - Lotus Ford - +46.557
5 Mark BLUNDELL - ING - Ligier Renault - +52.127
6 Alessandro ZANARDI - ITA - Lotus Ford - +1 volta
fonte:MSN.com
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=32btIa8VBWg[/youtube]
bons tempos...
O dia 28 de março de 1993 entrou para a história do automobilismo brasileiro. Há exatos 20 anos, Ayrton Senna vencia pela segunda e última vez o GP do Brasil de F1. Foi também a primeira vez de Rubens Barrichello correndo em seu país pela categoria
Senna foi o ‘melhor do resto’. Mas a diferença de desempenho para a Williams, equipe tão desejada pelo brasileiro, era absurda. Para se ter uma ideia do abismo que separava o carro de Prost para o de Ayrton, o francês foi pouco mais de 1s7 mais rápido na sessão classificatória. Senna garantiu o terceiro lugar do grid, à frente de Michael Schumacher, da Benetton, e do seu companheiro de equipe na McLaren, Michael Andretti.
Aquele GP do Brasil foi o primeiro de Rubens Barrichello correndo em casa. O então jovem paulistano defendia a Jordan e foi o único piloto da equipe a conseguir vaga no grid, saindo em 14º. Seu companheiro na equipe irlandesa, o italiano Ivan Capelli, não conseguiu se colocar na corrida. Christian Fittipaldi, que fazia seu segundo ano na F1 com a Minardi, era o 20º.
Só mesmo algo vindo dos céus para derrubar o favoritismo de Prost e da Williams em Interlagos. Mas o começo da corrida em São Paulo foi dominado por Alain, que abriu grande vantagem na frente. Na largada do GP do Brasil, Senna conseguiu ultrapassar Hill e assumiu a segunda posição. Mais atrás, Gerhard Berger [que estava de volta à Ferrari] e Andretti se tocaram e bateram na entrada do S do Senna, com o norte-americano capotando. Nenhum dos dois ficou gravemente ferido.
Enquanto Prost disparava na ponta, Senna era pressionado por Hill, o que era natural, já que a McLaren rendia bem menos que a poderosa Williams. A ultrapassagem veio na volta 11, e Ayrton passava a ficar na alça de mira de Schumacher e a promissora Benetton, que andava muito bem. Nesse tempo, mas no pelotão intermediário, Barrichello ficava pelo caminho por conta de problemas no câmbio da sua Jordan.
Senna teve de parar antes nos boxes para cumprir uma punição — drive-through por ultrapassar em trecho sinalizado por bandeira amarela —, e aí Schumacher assumiu o terceiro lugar. Mas a sorte estava ao lado do brasileiro. Pouco depois de deixar os boxes, começou a chover em Interlagos, ainda que em pontos isolados. Entretanto, a chuva tornou-se mais intensa e virou um grande temporal, atrapalhando muito a vida dos pilotos.
Aguri Suzuki e Ukyo Katayama rodaram e bateram na reta dos boxes, já encharcada, na volta 27. Uma volta depois, Prost e Christian, que ainda não haviam parado para trocar pneus, se chocaram na entrada do S do Senna e deixaram a prova. O público em Interlagos vibrou com o fim da corrida do francês, maior rival da carreira de Senna. A bandeira amarela foi acionada e o safety-car, à época, um Fiat Tempra, foram à pista em Interlagos.
A corrida teve bandeira amarela até a volta 36. Quando a prova foi retomada, Hill era o líder, seguido por Senna, Schumacher, Jean Alesi, JJ. Lehto — que corria com a estreante Sauber — e Alessandro Zanardi, então piloto da Lotus. Só que, desde então, Hill não conseguiu tirar o melhor rendimento da Williams, e Ayrton, impulsionado pela torcida brasileira, andava cada vez mais rápido com a pista ainda bem molhada em alguns trechos.
Até que, na volta 41, Senna realizou uma ultrapassagem que acabou entrando para a história de Interlagos e da F1. O brasileiro saiu da Descida do Lago colado na Williams de Hill, que tinha acabado de fazer seu pit-stop. O britânico bem que tentou impedir a manobra de Ayrton, mas o piloto da McLaren deu um ‘olé’ no adversário e conseguiu assumir a liderança para não mais ser superado.
Daí em diante, Senna rumou com certa tranquilidade para sua segunda vitória no GP do Brasil, a última diante do seu país-natal. O público invadiu a pista para comemorar com Ayrton mais um triunfo. A reta oposta ficou tomada pelos fãs, que queriam ver de perto o ídolo. Senna deixou sua McLaren e foi para os braços do povo, voltando para o pódio no safety-car e ouvir o Hino Nacional em casa pela última vez. Por fim, Ayrton recebeu do mítico Juan Manuel Fangio o troféu de vencedor da corrida. Foi a consagração do brasileiro.
Somente mais de 13 anos depois daquele histórico 28 de março de 1993 é que o Brasil teria outro piloto vencedor em casa: Felipe Massa, em 2006.
F1, GP do Brasil de 1993, Interlagos, final:
1 Ayrton SENNA - BRA - McLaren Ford - 1:51:15.485 - 71 voltas
2 Damon HILL - ING - Williams Renault - +16.625
3 Michael SCHUMACHER - ALE - Benetton Ford - +45.436
4 Johnny HERBERT - ING - Lotus Ford - +46.557
5 Mark BLUNDELL - ING - Ligier Renault - +52.127
6 Alessandro ZANARDI - ITA - Lotus Ford - +1 volta
fonte:MSN.com
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=32btIa8VBWg[/youtube]
bons tempos...