Uno Turbo Amarelo Exploit 1996 - Lucian Woytovicz
Enviado: 26/02/18, 14:53
Fala pessoal, tudo bem? Esse post, além de uma apresentação aos colegas de fórum e clube, é o recomeço de uma história que começou lá em outubro de 2011, quando troquei meu Uno SX 2004 branco 4p por um improvável Uno Turbo 1996 amarelo.
Espero que o post esteja dentro das regras e peço desculpas pela má qualidade de algumas imagens. Tem foto aí de 6 anos atrás e naquela época não tinha um bom celular ou câmera kkk.
Bom, meu nome é Lucian Woytovicz, tenho 28 anos e moro em Curitiba/PR. Minha história e paixão pelo modelo começou mais ou menos quando eu tinha 8 anos, lá em 1999. Eu babava em um Uno Turbo Amarelo que estava sempre estacionado na padaria do bairro. Aquele carro era meu sonho de consumo, pelo seu design agressivo e, principalmente, pela sua história que vocês conhecem tão bem quanto eu. Coloquei em minha cabeça que, não importa o que fizessem para me impedir, eu ainda compraria um carro daquele.
Mais de 12 anos se passaram e eis que realizei meu sonho logo aos 20 anos, em 2011, comprando um exemplar amarelo, igualzinho ao da padaria. Logo que o tirei da loja meus olhos se encheram de lágrimas (deixo claro que entrou ciscos nos meus olhos) por ter conquistado a amizade desse cara amarelo esverdeado, ou verde amarelado. Era a realização de um sonho de infância. Simplesmente inexplicável a sensação sentida naquele dia.
Fotos do dia em que o tirei da loja
Desde então, ele se tornou mais que meu meio de transporte, ele era meu porto seguro, minha segunda casa. Sabe aqueles dias que nada dá certo? É neles que costumava fazer meu ritual de paz. Ia até a garagem, olhava aquela carroceria, aquele paralama, abria a porta, me colocava confortavelmente nos bancos fantásticos do carro, olhava para aquele interior espartano e, finalmente, dava a partida para escutar o som rouco vindo do escape. Não há música no mundo que me acalme mais que o ronco de um motor a combustão, e ali eu fico por mais ou menos 5 minutos ouvindo a marcha lenta, sentindo o cheiro da gasolina queimar até finalmente engatar a primeira marcha e sair deslizando devagarinho na avenida ouvindo a sinfonia das engrenagens do cambio em conjunto com o ronco do motor. Foram inúmeros encontros, novas amizades, novas emoções.
Diversos encontros, passeios e fotos!
Infelizmente nem tudo são flores e assim como toda amizade, nós também tivemos altos e baixos. Na vida de estagiário, faltou bolso e responsabilidade e deixei de pagar um IPVA, e assim a bola de neve foi se formando até o dia em que o Detran o levou para o pátio, com dois IPVA's atrasados. Com alguma dificuldade, o tirei de lá e voltei a ser feliz com o carrinho. Lição aprendida.
Mas eu ainda travava uma luta entre com a paixão e as contas a pagar. Eu nunca desisti dele. O bolso é que nem sempre aguentava. E o pequeno notável foi se deteriorando. Manutenções deixadas de lado e a primeira pancada: turbina explodiu. O garoto andava com 1,5bar na t2 original. Óbvio que isso aconteceria. Ok.
Em 2015, ainda com sérios problemas financeiros causados pela inconsequência de conquistar um sonho tão cedo e no impulso, um vazamento de óleo iniciou o que seria a derrocada do UT. Um vazamento nas mangueiras da DH insistiam em pingar em cima o motor de arranque e pimba, o carro não ligava mais. Conserto simples, há princípio.
Vazamento cessado, motor de arranque consertado e pronto pra rua! Hmmm, não. Debímetro mostrou sinais de cansaço e parou de funcionar. CLÁSSICO. Troca a oficina. Um amigo era certificado pela Fuel Tech e preparava motores. "É agora", pensei. E sai o guincho com destino rumo à felicidade.
O processo foi doloroso, mas parecia promissor.
[E lá estava, a Fuel Tech sendo instalada e eu cheio de esperança! (Sim, o antigo dono colocou um painel vermelho no bichano e, mesmo estranhando durante muito tempo, me adaptei e até gostei dele. Estou avaliando a continuidade deste no projeto.)
De2015 à 2017, passei os piores momentos da minha vida com relação ao UT. A oficina no qual ele estava só me enrolou, quebrou meu motor, peças sumiram, peças estragaram, carro ficou no tempo e as promessas, desculpas e prazos não terminavam nunca. Menos o dinheiro, que todo mês estava lá, na conta da oficina. Foram dois anos de martírio e em novembro passado, resgatei o UT de lá e o encostei na casa dos meus pais, onde segue aguardando um novo capítulo. O recomeço, como eu disse lá no início do post.
A seguir, imagens de dor e sofrimento:
Carro largado na oficina
Hora de pegar o guincho e voltar pra casa, mesmo com as dificuldades.
Encostado no galpão de meu pai.
Mas 2018 chegou e um novo ânimo tomou conta de mim. Com reuniões agendadas com outra oficina muito bem conceituada, com uma vida financeira mais estável e vontade de fazer acontecer, o UT está pronto para retomar seu protagonismo em minha garagem, que hoje está emprestada pro meu novo xodó, o Fiat 147 Rallye 1980 (esse também em processo de restauração mas anda todo final de semana) e meu Tiida SL 2012 guerreiro pro dia a dia.
O fato é que não há explicação. Nada mais bonito que a relação do homem com seu carro e poucos entendem tal paixão. Eu sinceramente não ligo para o que pensam de mim ou do meu amigo de lata, ele sempre será minha melhor companhia.
Espero que, muito em breve, possa trazer novidades para os amigos do clube. Um grande abraço a todos!
Espero que o post esteja dentro das regras e peço desculpas pela má qualidade de algumas imagens. Tem foto aí de 6 anos atrás e naquela época não tinha um bom celular ou câmera kkk.
Bom, meu nome é Lucian Woytovicz, tenho 28 anos e moro em Curitiba/PR. Minha história e paixão pelo modelo começou mais ou menos quando eu tinha 8 anos, lá em 1999. Eu babava em um Uno Turbo Amarelo que estava sempre estacionado na padaria do bairro. Aquele carro era meu sonho de consumo, pelo seu design agressivo e, principalmente, pela sua história que vocês conhecem tão bem quanto eu. Coloquei em minha cabeça que, não importa o que fizessem para me impedir, eu ainda compraria um carro daquele.
Mais de 12 anos se passaram e eis que realizei meu sonho logo aos 20 anos, em 2011, comprando um exemplar amarelo, igualzinho ao da padaria. Logo que o tirei da loja meus olhos se encheram de lágrimas (deixo claro que entrou ciscos nos meus olhos) por ter conquistado a amizade desse cara amarelo esverdeado, ou verde amarelado. Era a realização de um sonho de infância. Simplesmente inexplicável a sensação sentida naquele dia.
Fotos do dia em que o tirei da loja
Desde então, ele se tornou mais que meu meio de transporte, ele era meu porto seguro, minha segunda casa. Sabe aqueles dias que nada dá certo? É neles que costumava fazer meu ritual de paz. Ia até a garagem, olhava aquela carroceria, aquele paralama, abria a porta, me colocava confortavelmente nos bancos fantásticos do carro, olhava para aquele interior espartano e, finalmente, dava a partida para escutar o som rouco vindo do escape. Não há música no mundo que me acalme mais que o ronco de um motor a combustão, e ali eu fico por mais ou menos 5 minutos ouvindo a marcha lenta, sentindo o cheiro da gasolina queimar até finalmente engatar a primeira marcha e sair deslizando devagarinho na avenida ouvindo a sinfonia das engrenagens do cambio em conjunto com o ronco do motor. Foram inúmeros encontros, novas amizades, novas emoções.
Diversos encontros, passeios e fotos!
Infelizmente nem tudo são flores e assim como toda amizade, nós também tivemos altos e baixos. Na vida de estagiário, faltou bolso e responsabilidade e deixei de pagar um IPVA, e assim a bola de neve foi se formando até o dia em que o Detran o levou para o pátio, com dois IPVA's atrasados. Com alguma dificuldade, o tirei de lá e voltei a ser feliz com o carrinho. Lição aprendida.
Mas eu ainda travava uma luta entre com a paixão e as contas a pagar. Eu nunca desisti dele. O bolso é que nem sempre aguentava. E o pequeno notável foi se deteriorando. Manutenções deixadas de lado e a primeira pancada: turbina explodiu. O garoto andava com 1,5bar na t2 original. Óbvio que isso aconteceria. Ok.
Em 2015, ainda com sérios problemas financeiros causados pela inconsequência de conquistar um sonho tão cedo e no impulso, um vazamento de óleo iniciou o que seria a derrocada do UT. Um vazamento nas mangueiras da DH insistiam em pingar em cima o motor de arranque e pimba, o carro não ligava mais. Conserto simples, há princípio.
Vazamento cessado, motor de arranque consertado e pronto pra rua! Hmmm, não. Debímetro mostrou sinais de cansaço e parou de funcionar. CLÁSSICO. Troca a oficina. Um amigo era certificado pela Fuel Tech e preparava motores. "É agora", pensei. E sai o guincho com destino rumo à felicidade.
O processo foi doloroso, mas parecia promissor.
[E lá estava, a Fuel Tech sendo instalada e eu cheio de esperança! (Sim, o antigo dono colocou um painel vermelho no bichano e, mesmo estranhando durante muito tempo, me adaptei e até gostei dele. Estou avaliando a continuidade deste no projeto.)
De2015 à 2017, passei os piores momentos da minha vida com relação ao UT. A oficina no qual ele estava só me enrolou, quebrou meu motor, peças sumiram, peças estragaram, carro ficou no tempo e as promessas, desculpas e prazos não terminavam nunca. Menos o dinheiro, que todo mês estava lá, na conta da oficina. Foram dois anos de martírio e em novembro passado, resgatei o UT de lá e o encostei na casa dos meus pais, onde segue aguardando um novo capítulo. O recomeço, como eu disse lá no início do post.
A seguir, imagens de dor e sofrimento:
Carro largado na oficina
Hora de pegar o guincho e voltar pra casa, mesmo com as dificuldades.
Encostado no galpão de meu pai.
Mas 2018 chegou e um novo ânimo tomou conta de mim. Com reuniões agendadas com outra oficina muito bem conceituada, com uma vida financeira mais estável e vontade de fazer acontecer, o UT está pronto para retomar seu protagonismo em minha garagem, que hoje está emprestada pro meu novo xodó, o Fiat 147 Rallye 1980 (esse também em processo de restauração mas anda todo final de semana) e meu Tiida SL 2012 guerreiro pro dia a dia.
O fato é que não há explicação. Nada mais bonito que a relação do homem com seu carro e poucos entendem tal paixão. Eu sinceramente não ligo para o que pensam de mim ou do meu amigo de lata, ele sempre será minha melhor companhia.
Espero que, muito em breve, possa trazer novidades para os amigos do clube. Um grande abraço a todos!